Após muito espera e especulações, finalmente o próximo console da Sony teve seu nome e data de lançamento revelados. Sem muitas surpresas, Jim Ryan, CEO da Sony Interactive Entertainment, revelou que o console da nova geração se chamará mesmo PlayStation 5, não fugindo do padrão que já estamos acostumados. Ainda foi confirmado que o console chegará as lojas no final de 2020.
O jornalista Peter Rubin do WIRED, teve a oportunidade de experimentar um protótipo e descreveu em detalhes sua experiência com o console. Rubin confirmou que o protótipo contava com um hardware especulado nos meses anteriores: CPU e GPU baseados na linha Ryzen e Navi (AMD), respectivamente e também confirmou os rumores de que o HDD seria trocado por um SSD.
Foi dito também que visual era bem semelhante ao que vimos na patente brasileira (mas vale lembrar que pode ser apenas uma versão para desenvolvedores e afins). Mark Cerny, designer do sistema, comentou sobre a capacidade de renderização em Ray-tracing e tranquilizou a todos ao confirmar que haverá um hardware específico para a tarefa, portanto, não contará apenas com um software. Isso significa que o preço do produto pode ser ligeiramente maior, mas a performance não terá impacto considerável se bem otimizado.
Imagem do suposto protótipo encontrado na patente brasileira |
Cerny comentou ainda que a troca pelo SSD não terá impacto somente na velocidade da tela de carregamento, segundo ele, toda a experiência com o console mudará com o novo armazenamento. Dados serão otimizados e isso reduzirá significativamente o tempo de instalação de jogos e como isso será feito.
"Ao invés de tratar games como enormes blocos de informações, estamos refinando o acesso aos dados."
Com isso, os games poderiam ser instalados e desinstalados em partes, ou seja, você poderia optar por baixar primeiro a campanha single-player de um game e após o multiplayer online, e ainda posteriormente desinstalar a campanha após o término do game e continuar as jogatinas online.
Quando comentou sobre o controle Peter Rubin se decepcionou por utilizar um protótipo extremamente semelhante ao DualShock 4, da atual geração. Ao questionar Cerny sobre a mudança, o designer disse apenas "Conversaremos sobre isso depois.", o que indica que mudanças ainda serão aplicadas.
O designer revelou que os gatilhos (botões superiores do controle) terão resistência ajustada de acordo com as condições do game, tendo maior precisão e sensação de pressão nos botões, sendo assim, seria mais fácil reproduzir a sensação de atirar com um arco flecha, que por sua vez iria se diferenciar de atirar com armas e afins, aumentando ainda mais a imersão.
E por falar em imersão, a vibração do controle também recebeu mudanças. O jornalista destacou que os motores são mais precisos e conseguem facilmente passar sensações táteis distintas.
"Eu andei com o personagem em diferentes superfícies em um jogo de plataforma e pude diferenciar todas elas. No gelo, a alta frequência na resposta me fez sentir estar realmente escorregando. Numa ponte de madeira, fui tomado por uma sensação de fragilidade."
Taoshi Aoki, gerente de produto da marca, revelou que a equipe de desenvolvimento do controle estava trabalhando nos novos sensores desde o DualShock 4 e que discutiram lançar a ferramenta junto com o PlayStation 4 Pro, mas temendo uma reação negativa da comunidade, a equipe optou por mudar o lançamento para a próxima geração.
Baseado no protótipo, podemos esperar que o DualShock 5 conte com conexão USB-C e uma bateria com maior duração. Peter diz que o controle parecia mais pesado que o anterior, porém Aoki afirmou que o controle oficial seria mais leve que um controle de Xbox One com baterias.
Além de tudo isso, já se sabe que os kits de desenvolvimento já estão com as desenvolvedoras e algumas já estão trabalhando em títulos para o console, como é o caso da Bluepoint Games, responsável pelo remake de Shadow of the Colossus.